Jr. 37.17
O capítulo37 do livro de Jeremias faz parte de uma seção profética que corresponde a um período de profecias do tempo de Zedequias.
Do capítulo 32 á 44 do livro, o teor das profecias é especificamente sobre o reinado de Zedequias e a queda de Jerusalém.
Este capítulo pode ser dividido em duas partes; a primeira trata sobre o cerco a cidade de Jerusalém e a segunda trata da prisão de Jeremias.
E os principais personagens envolvidos aqui são Jeremias o profeta, e Zedequias o rei.
Zedequias reinou em Jerusalém por onze anos e fez o que era mal perante o Senhor.
Em rápidas palavras a Bíblia relata a sua biografia dizendo que:
Sua mãe era uma mulher por nome de Hamutal e seu pai era Josias.
Ele tinha a idade de vinte e um anos quando assumiu o reino no lugar de Joaquim, seu sobrinho, preso por Nabucodonozor no segundo cerco a Jerusalém em 597 a.C.
Zedequias era vassalo do rei babilônico, porque fora colocado por ele no trono de Jerusalém.
E na tomada de uma atitude política infeliz, Zedequias se rebela contra Nabucodonozor quando resolve fazer aliança com o Egito, sendo este um dos grandes inimigos dos babilônios.
É como hoje o candidato que o partido o ajuda ganhar as eleições e quando ele ganha, troca de partido covardemente.
Pois bem, agora Zedequias está na lista dos traidores do império babilônico.
Vindo com isso a padecer perseguições até a morte por parte do rei da Babilônia, ao qual tinha “ajuramentado por Deus”, prometido fidelidade em aliança política.
Zedequias foi o vigésimo e último rei de Israel sofrendo, assim, a queda exílica de Jerusalém nas mãos dos babilônios; por esta mesma razão ele é muito citado no livro de Jeremias.
O contexto de vida em Jerusalém nos tempos de Zedequias não é o dos melhores.
A vida em Jerusalém está um caos em todos os aspectos; no âmbito político, econômico, social e religioso tudo está de cabeça para baixo.
O que Jeremias profetizou no cap. 21 dizendo da parte do Senhor que muitos morreriam pela espada, peste e fome, está se cumprindo na risca.
Eles estão travados dentro dos muros de Jerusalém, nem entram e nem saem.
De janeiro do ano 588 a julho de 587 a.C. Jerusalém está cercada pelo exercito dos caldeus a mandado de Nabucodonozor.
Houve apenas uma pequena pausa no verão, mas eles retomaram o cerco.
E por causa da aliança feita com o Egito, ouve-se rumor de que o Faraó Hofra com seu exercito está subindo a Jerusalém para livrá-la das mãos dos caldeus.
Talvez, isto tenha acontecido na primavera de 588 a.C. quando os babilônios levantaram o cerco de Jerusalém por um breve espaço de tempo, para enfrentar a nova ameaça.
Para os habitantes de Jerusalém foi apenas um paliativo que imaginavam ser permanente. V. 9
Entretanto, para Zedequias o bloqueio aliviante dos egípcios foi frustrante, porque o alívio cessou, Faraó recuou v.7, e agora vêm os caldeus com toda a fúria inimaginável pra cima de Jerusalém.
Zedequias tinha de acordar de seu próprio engano em confiar no Egito e agora ter de enfrentar de cara todo o terror dos babilônios.
Então, quando o rei faz esta relevante pergunta ao profeta Jeremias, seu coração está em terrível desespero ante a crise em que se encontra.
Ele já tinha enviado outros homens em busca de uma palavra da parte de Deus no v. 3, mas agora ele mesmo se encarrega de perguntar ao profeta.
Dando a entender com isso que de fato as coisas estavam sem jeito e sem esperança para o rei e para o povo.
Todavia, seria muita tolice de nossa parte ficar rodando atrás de uma causa para a queda de Jerusalém, e só vermos em tudo isso apenas à vazia idéia de um desvio político na história, porque não foi somente isso.
Se pararmos neste ponto da história, estamos sendo desonestos com a própria história.
A aliança de Zedequias com o Egito não foi à causa principal de sua queda.
Fazendo uma análise mais acurada da história, percebe-se que tudo o que está acontecendo a Jerusalém, não é simplesmente um problema político internacional, mas sim o juízo de Deus despontando na história por causa da vida de pecado do povo.
Deixemos bem claro que Nabucodonozor não fora o mentor de tudo, foi apenas o instrumento de Deus para o juízo prático sobre Jerusalém.
A resposta de Jeremias foi esta: “Nas mãos do rei da Babilônia serás entregues”; entregues por quem?? Pelo próprio Deus.
Ora, isso nos diz que Deus é o juiz da causa; é Ele que está por trás de tudo.
E o juízo era tão certo que num exagero retórico do v. 10 mostra-se os fortes traços de quão grande é a ira de Deus e o juízo dispensado sobre Israel.
Deus está aborrecidíssimo, irado e furioso com o pecado da nação israelita.
Desde o tempo de Salomão, o povo começou a andar em pecados crassos na presença de Deus, fazendo assim o que era abominável a sua vontade.
Eles estavam mergulhados no pecado da idolatria, não respeitava mais os anos sabáticos, se misturaram aos povos pagãos e fizeram aliança com eles.
Jeremias chega a dizer que eles “abandonaram o Senhor, o único manancial de águas vivas, por cisternas rotas”, os deuses pagãos.
O povo de um só Deus encontra-se adorando vários ídolos, adulterando com isso a fé devida ao único e verdadeiro Senhor.
Os avivamentos que houvera entre eles, como por exemplo, no tempo do rei Josias, não foi suficiente para manter o povo atracado à lei e a Deus.
Além disso, há anos que o Senhor pacientemente conclamava o povo ao arrependimento, e como diz o próprio Deus “começando desde a madrugada”.
“Clamei a eles”, disse Deus, “e eles não responderam”.
Muito pelo contrario, a resposta do povo era sempre a de escárnio e de zombaria, ao invés de arrependimento e conversão.
2 Cr. 36.16
Jr. 35.15,17
Jr. 37.1,2
Eles se tornaram surdos espiritualmente; não mais ouviam a voz de Deus.
Deus se tornou irrelevante para Israel; eles não querem mais saber do Senhor e da sua lei; para onde se olha em Jerusalém só se vê pecado, pecado, pecado e mais pecado.
Toda a nação está corrompida; tudo está podre e doente em Israel.
Eles ofenderam a Deus; eles entraram em contendo com o Senhor. Coitados!!!!
Israel não é vitima do mal que esta vindo, antes é a única culpada real.
Portanto, não é surpreendente saber que Deus está irado, furioso com a vida pecaminosa do seu povo e que derramará seu juízo sobre ele.
Jr. 21.10/ 22.8,9
Em linhas gerais, todo esse mal sobre Jerusalém é juízo da parte de Deus.
E esta, portanto, é a miserável situação de Jerusalém e de seu rei Zedequias.
Então, diante de todas as considerações a respeito de Jerusalém e do falido reinado de Zedequias, analisemos os detalhes do verso que lemos em duas abordagens.
1) Abordemos a pergunta de Zedequias a Jeremias
V. 17 – “Há alguma palavra do Senhor”?
Quando Zedequias faz tal pergunta a Jeremias, o faz em secreto.
Talvez não quisesse que seus príncipes pensassem que ele estava comungando com um homem que eles julgavam traidor e aliado do inimigo.
Traidor, porque Jeremias tendo aproveitado a pausa do cerco dos caldeus e saído para receber a parte de uma herança na terra de Benjamim;
Um capitão da guarda chamado Jerias, interpretou que ele estava fugindo para o inimigo, e o levou aos príncipes.
Jeremias retrucou, disse que não, mas eles não lhe deram ouvidos e o prenderam na casa de Jônatas, o escrivão, que tinha sido transformada em cárcere.
Então, estando preso ali, o rei manda trazê-lo para sua casa, e em secreto lhe pergunta: “Há alguma palavra do Senhor?”. Devemos perguntar:
v Qual seria a intenção de Zedequias ao fazer esta pergunta?
v O que será que ele queria ouvir da parte do Senhor?
v Não será que desta vez ele está se convertendo realmente?
Bem, esta pergunta pode ser interpretada numa divisão em duas partes, uma positiva e outra negativa.
1) A primeira parte é positiva pelo fato de Zedequias ainda considerar Jeremias um profeta de Deus.
Ainda havia em Zedequias certo respeito por Jeremias como homem de Deus.
Há onze anos que ele reinava em Jerusalém, há onze anos que Jeremias profetizava a sua vista e muitas coisas já tinham se cumprido.
Portanto nada mais digno de que numa hora de crise como esta, consultar o profeta e ouvir se há uma boa palavra de esperança da parte de Deus.
Na verdade o que está acontecendo aqui é o que o próprio Deus disse para confortar a Jeremias alguns capítulos antes.
Jr. 15.11
Este era o tempo da calamidade, e o inimigo estava lhe suplicando favores.
A situação se inverteu, agora é o rei que precisa ouvir o profeta.
Rei, este, que por tantos anos o desprezou como profeta junto ao povo, diz o v.2.
Mas agora diante de tudo o que está acontecendo, as profecias se cumprindo ante seus olhos, a veracidade da palavra de Jeremias é tida em alta conta.
Este exemplo serve de grande conforto para quem ainda prega a palavra de Deus com sinceridade e temor anunciando o juízo vindouro.
Porque a palavra de um genuíno pregador é relevante e veraz quando todos os falsos profetas são consultados, e as suas enganosas promessas caem no vazio.
Jr.8.8-11
Jr. 37.19
É característico do homem, quando em desespero, buscar saber o que Deus tem a dizer sobre a calamidade vigente.
Não é atoa que os videntes e religiosos do tempo presente sejam tão consultados na TV quando tragédias atacam algum país ou pessoa.
Não é atoa que as igrejas lotam quando tudo vai mal em uma nação ou cidade.
Não é atoa que as religiões de todo tipo colhem muita gente quando determinado país está debaixo de sofrimento e todas advogam ter a resposta final.
Todavia, a única palavra que permanece de fato é a do Senhor sendo pregada e anunciada fielmente por seus profetas.
Mt. 24.35 – “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão”.
Jr. 1.12 – “... porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir”.
Is. 55.10,11 – “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei”.
I Pe. 1.24,25 – “Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada”.
E quem a prega fielmente experimenta a honra de falar a verdade.
E quem a obedece goza da vida eterna de Deus.
E algo mais é de nosso interesse aqui, é que pelo menos o discernimento de Zedequias sobre quem é profeta de Deus e quem não é, agora, parece está mais aguçado.
E isto é uma grande lição para nós, para que testemos nosso discernimento quanto aos profetas que estamos ouvindo falar sobre Deus e sobre a eternidade.
v Os homens que você ouve são de fato homens sérios biblicamente?
v Os profetas que você consulta são homens compromissados com a verdade do evangelho?
v A voz que você procura ouvir é de fato a voz de Deus?
v Quem são os profetas que você dá credito de homem de Deus?
Eu poderia citar uma lista de nomes aqui que se dizem profetas da verdade, contudo são grandes mentirosos, filhos do diabo falando em nome de Deus.
Mas julgue você mesmo a quem ouve e o teste segundo as Escrituras.
Isto, por sua vez, nos leva a outra parte da pergunta de Zedequias.
2) A segunda parte é negativa, porque ao fazer esta pergunta, Zedequias não queria ouvir a verdade, e sim, algo que aliviasse sua angustia de alma, ainda que fosse uma mentira em nome de Deus.
Não tenha dúvida, ele considerava Jeremias um profeta verdadeiro, entretanto não era o seu objetivo ouvir a verdade de Deus.
Ele buscava ouvir algo que lhe fizesse cócegas nos ouvidos e aliviasse a tensão.
E as palavras de Jeremias não era as das mais doces de se ouvir não.
Jeremias não era um Augusto Cury de sua época, antes era a voz de Deus.
E a voz de Deus para aquela geração, era de juízo e não de auto-estima.
Jeremias era tão sério quanto a sua mensagem, que por varias vezes se encontrou em tristeza porque o povo não lhe ouvia; vindo com isso escrever um livro inteiro para contar suas penosas lamentações.
E mais, por muitas vezes ele sofreu perseguição por isso.
No cap. 38 de seu livro, que alguns dizem ser apenas um acréscimo ao 37, ele é preso e jogado numa cisterna cheia de lama.
Jr. 38.1-6
Interessante que o mesmo Zedequias que permite essa covardia, é o mesmo que permite tirá-lo de lá através de Ebede-Meleque, o etíope.
Zedequias ainda parece nutrir certo respeito e cuidado com Jeremias porque acredita que sendo bondoso com o profeta e mantendo-o perto de si, ainda que preso no átrio da guarda, Deus iria retardar o juízo anunciado.
É tanto que por uma segunda vez, ele procura Jeremias e lhe diz:
Jr. 38.14,15
Jeremias é consultado, mas já avisando que o rei não lhe atenderá.
Em outras palavras, a profecia que Jeremias tinha a dizer não era a palavra que o rei queria ouvir, então, não adianta querer ouvir se não vai obedecer.
Zedequias, por sua vez, foi tão tolo que se quer fez um levantamento histórico do juízo de Deus nos tempos passados.
· Ele não levou em conta o dilúvio
· Ele não fez caso da torre de babel
· Ele não relevou o caso Sodoma e Gomorra
· Ele não considerou os israelitas que morreram no deserto por desobediência
· Ele não cogitou da atitude de Deus para com Acã
· Ele não se interessou em atentar para a história de Saul e etc.
Ele estava cego e surdo para a verdadeira voz de Deus.
Deus tem uma palavra para ele, à questão é se ele irá ouvir de fato esta palavra.
E não só nesse, mas em vários outros casos por toda a Escritura é comum ver homens buscando uma palavra de Deus que lhe dê esperança, ainda que seja falsa.
I Rs. 22.1-18
II Tm. 4.1-4
Jr. 6.10
Zc. 7.11 – “... me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos, para que não ouvissem”.
Este, portanto, é o mesmo sentimento que há no homem moderno.
Muitos buscam uma palavra da parte de Deus não como a verdade que corrige, repreende, exorta, contraria, humilha, transforma, constrange e revela o quanto somos culpados ao invés de vítimas. Não!
Muitos procuram uma palavra do Senhor que lhes traga alívio para a depressão da alma, fracasso financeiro, casamento arruinado, família destruída e tudo mais, ainda que seja uma torpe mentira em nome de Deus.
Não vá muito longe, apenas quando chegar em casa ligue sua TV nos programas religiosos, e você verá centenas de falsos profetas dizendo que tem a solução para todos os seus problemas. Puro engano!!!!
Nós, homens pós-modernos buscamos ouvir uma palavra nos meios mais fáceis.
Muitos buscam ouvir a vos de Deus nos livros best sellers de auto-ajuda.
Muitos buscam ouvir a voz de Deus nas frases de pára-choque de caminhão.
Muitos buscam ouvir a voz de Deus em poetas seculares e ateus
Muitos buscam ouvir a voz de Deus nos jargões modernos da psicologia atual.
Muitos buscam ouvir a voz de Deus lendo a revista do horóscopo.
Muitos buscam ouvir a voz de Deus assistindo Ana Maria Braga com uma mensagem de otimismo todos os dias pela manhã.
Entretanto, o único lugar que não buscamos ouvir a voz de Deus é nas páginas da Bíblia Sagrada, porque sabemos que lá Ele fala, e fala o que não achamos conveniente e relevante para o nosso estilo de vida pecaminoso.
Desprezamos a verdade quando ela não se adequa aos nossos interesses.
A nossa verdade é o que nos convém; isto é fruto da pós-modernidade.
Na cabeça de Zedequias a verdade era a palavra que anunciasse vitória e que no final vai dar tudo certo.
Na cabeça de muitos atualmente a verdade é uma palavra que levante meu ânimo, astral e algo que nunca me ponha para baixo.
Algo que me faça se sentir bem, confortável, aliviado e não me inquiete a alma, ou perturbe o coração isto é a verdade para mim; isto é mais aceitável.
Qualquer palavra contraria que não traga bons fluidos não pode ser de Deus.
Esta é a concepção mais desonesta sobre a verdade e sobre a voz de Deus.
E esta é a concepção mais aceita entre nós.
· Uma determinada atriz foi a uma igreja em São Paulo, e quando terminou o culto o pr. perguntou: E aí, o que a senhora achou de nosso culto? Ela respondeu: É, o culto nessa igreja é alto-astral. O pr. Disse ficar sem palavras com a resposta.
Porque de fato é isso que as pessoas andam atrás, de ambiente alto-astral.
Sendo que fazer as pessoas saírem de um culto em alto-astral não é o papel de um pregador fiel do evangelho. Ele não é um humorista ou animador de palco.
E muito menos a igreja é o lugar onde as pessoas possam sentar confortavelmente no domingo após uma semana de cão, e depois de ouvirem uma palavra falsa de esperança se levantar com o astral lá em cima. Não!!!
· Eu entrei numa determinada igreja e lá estava um grande cartaz na parede: “Desistir nunca, retroceder jamais”; “Os covardes desistem, os fortes persistem e vencem”.
Não havia um verso bíblico edificante espiritualmente. Infelizmente.
E é dessa psicologia triunfalista barata que muitos andam atrás nas igrejas.
Porém o compromisso da igreja e de seus pregadores é única e exclusivamente com a verdade.
Não importa se não agrada a judeus ou muito menos a gregos, o importante é a verdade do evangelho ser apregoada, para agradar somente a Deus.
II Tm. 1.13
Gl. 1.6-10 – “acomodar a mensagem para agradar a homens”.
At. 5.28,29 – “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”.
Infelizmente muitos estão como Zedequias, procurando uma palavra do Senhor, mas quando acham não a aceitam obedece-la, continuando com isso enganados em falsas esperanças existenciais.
A pergunta de Zedequias foi legitima, mas a sua resposta ao Senhor foi desleal.
O alvo de nossa abordagem a pergunta de Zedequias é simples, é o de nos despertar para entender que tipo de palavra de Deus nós estamos correndo atrás avidamente; se a verdade de seu coração ou se a verdade do nosso coração.
Pois a verdade da parte do Senhor tem cheiro de vida, mas a verdade conveniente e egoísta de nosso próprio coração tem cheiro de morte.
2) Abordemos a resposta de Jeremias
V. 17 – “Há. E disse ainda: Nas mãos do rei da Babilônia serás entregue”.
Não poderia haver resposta de maior grandeza ao rei do que esta que fora dada por Jeremias.
O profeta não titubeia em anunciar a palavra de Deus a um monarca iníquo.
Ora, o rei perguntou se havia alguma palavra do Senhor.
Pois bem, Jeremias disse que sim, que há uma palavra do Senhor e emendou dizendo que a palavra é esta: “Deus está te entregando nas mãos de Nabucodonozor”.
Sim, é verdade que não era o que o rei queria ouvir, mas era a palavra do Senhor. Essa era a mensagem reservada por Deus para falar-lhe ao coração.
E esta palavra é resposta de juízo, é ira, fúria, cólera divina em transmissão oral.
Isto nos leva então a seguinte consideração: Deus falou.
Deus não deixou Zedequias sem uma resposta, através do profeta Ele falou.
Desde os tempos mais remotos Deus tem falado, sempre há uma palavra.
· Quando Habacuque encontrava-se em crise por causa da invasão dos caldeus a Judá como juízo divino, ele disse: “Por-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa. O Senhor me respondeu e disse...”. Ou seja, Deus falou.
Rm. 15.4
Hb. 1.1,2
Jô. 14.24
Deus nunca se deixou sem testemunho na história. Absolutamente nunca!
Ele falou através dos profetas, das cerimônias, dos juízes, dos salmistas, da lei.
E ainda nos fala através do evangelho de Cristo, das cartas e por toda a Bíblia Sagrada. Aí está falada, soprada, inspirada a palavra de Deus.
Então, assim como Zedequias não ficou sem uma palavra de Deus, nós, gente do mundo pós-moderno também não ficaremos sem uma palavra do Senhor.
Todavia, assim como para Zedequias a palavra não foi de conforto, para nós também não a será.
Há duras palavras de juízo da parte de Deus para os homens de nossa geração.
Porque assim como Deus estava irado com Zedequias por causa dos pecados da nação inteira, também está irado com os homens de nosso tempo por causa de seus pecados. Ele está a ponto de despejar toda a sua ira contra esta era iníqua.
v Há porventura alguma palavra de Deus para nossa geração?
v Será que Deus tem algo a nos falar ainda hoje?
v Há alguma palavra do Senhor?
Sim, há! Há uma palavra do Senhor na Bíblia Sagrada que diz:
Sl. 7.12-15 – “Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas. Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira. Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz”.
Sl. 11.5-7 – “O Senhor põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o abomina. Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice. Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face”.
Is.55.6,7 – “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”.
Joel 2.12,13 – “Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal”.
Am. 8.11,12 – “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão”.
Mc. 1.15 – “... O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho”.
Mt. 7.13,14 – “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”.
At. 3.19 – “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”.
Rm. 6.23 – “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Gl. 5.19-21 – “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”.
Ap. 21.8 – “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”.
II Pe. 2.4-13 – Ler com todos
Tudo isto é palavra de Deus, e é necessário darmos crédito a ela a fim de sermos salvos da ira vindoura.
Porque assim como estava iminente o juízo divino nos tempos de Zedequias, a situação é a mesma em nossos dias.
Entretanto, se Zedequias quisesse ser salvo da ira de Deus ainda havia misericórdia, e a única coisa que ele devia fazer era se entregar voluntariamente nas mãos do rei da Babilônia. Ao invés de resistir. Ele não devia resistir.
Jr. 38.17
D. M. Lloyd-jones – “Ninguém é obrigado a morrer debaixo da ira de Deus”.
21. Esta é uma grande verdade, ninguém é obrigado morrer nesta situação.
22. Ainda há misericórdia, salvação, graça.
23. Extraiamos dessa ilustração bíblica, um princípio espiritual.
24. É que o único meio para um homem ser salvo da ira divina prestes a ser derramada sobre toda a terra nestes últimos dias, é entregando-se voluntariamente a Deus e a sua soberana vontade.
Não deve resistir, deve entregar-se voluntariamente a viver para Deus.
Era somente isto que Zedequias devia fazer, entregar-se voluntariamente.
Zedequias seria um prisioneiro real. Teria todo conforto de um preso especial.
E nisto encontrar alegria e prazer na justiça de Deus, tanto quanto no seu livramento de morte perante o inimigo. Sua vida lhe seria por despojo.
Já que a situação chegou aonde chegou e ele não tinha mais como reverte-la, a única coisa que devia fazer era crer na promessa de restauração feita por Deus.
Jr. 33.14-16 – “SENHOR, justiça nossa”.
A expressão “Senhor, justiça nossa” significa “aquele que garante justiça para nós”. Esta referência é única e exclusivamente feita a Cristo Jesus.
É somente nEle que somos justificados na presença de Deus.
É somente nEle que nos tornamos justos para com Deus.
Rm. 4.24 – “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”.
Rm. 5.1 – “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.
I Co. 1.30 – “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”.
· Quando Paulo cheio de justiça própria do farisaísmo se converte ao evangelho, toma Cristo como a única justiça da parte de Deus baseada na fé para sua salvação.
Fl. 3.8,9
Assim somos nós hoje, eu e você, precisamos tomar Cristo a cada dia como à justiça que procede de Deus para nossa salvação.
Precisamos encontrar prazer no livramento de Deus e na sua justiça entregando voluntariamente nossas vidas em suas mãos.
Viver voluntariamente para Deus em adoração e temor ao seu santo Nome.
Tome Cristo, viva para Cristo, creia em Cristo “a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça”.
Ele é verdadeiramente o “Senhor, justiça nossa”.
Só será aceito na presença de Deus aquele que está vestido com a justiça de Cristo. Sem Cristo não há salvação, livramento da ira e da cólera de Deus.
Esta é a grande palavra do Senhor para nós hoje, creia em Cristo, viva para Cristo, pois Ele é a sua salvação daquele Dia em que todos os homens serão julgados e condenados por Deus a viver a eternidade no inferno.
Por fim façamos uma ligeira reflexão sobre o fim de vida do rei Zedequias.
Ele não obedeceu à palavra do Senhor em se entregar voluntariamente, antes fez tudo contrario, resistiu a Nabucodonozor e fugiu.
Ele estava preocupado com o escárnio das pessoas em chamá-lo de covarde.
Ele não se preocupou em agradar e obedecer a Deus somente.
v Portanto, como terminou a vida de Zedequias?
Jr. 52.10,11
Este foi o seu fim, sem filhos, sem visão por ter tido os olhos vazados e encerrado num cárcere até a morte.
Por sinal há uma profecia por parte de Ezequiel a respeito do cativeiro que declara justamente que o príncipe em Jerusalém será levado a terra dos caldeus, mas não a verá. (Ez. 12.13)
Infelizmente o fim de Zedequias é o mesmo que está preparado para muitos hoje.
v Como terminará a vida daqueles que estão no pecado da idolatria?
v Como terminará a vida daqueles que estão mergulhados na prostituição?
v Como terminará a vida dos que estão no submundo das drogas?
v Como terminará a vida dos políticos corruptos?
v Como terminará a vida dos ateus?
v Como terminará a vida dos ricos e soberbos?
v Como terminará a vida daqueles que estavam na igreja brincando com Deus?
v Como terminará a vida daquele que sempre veio à igreja, mas nunca se decidiu por Cristo, em amar a Cristo, em estimar a Cristo?
Ilustrando com Zedequias, podemos dizer que muitos serão levados ao inferno e nunca verão os céus.
v Há alguma palavra do Senhor? Há!!!
v Como terminará a sua vida?
O capítulo37 do livro de Jeremias faz parte de uma seção profética que corresponde a um período de profecias do tempo de Zedequias.
Do capítulo 32 á 44 do livro, o teor das profecias é especificamente sobre o reinado de Zedequias e a queda de Jerusalém.
Este capítulo pode ser dividido em duas partes; a primeira trata sobre o cerco a cidade de Jerusalém e a segunda trata da prisão de Jeremias.
E os principais personagens envolvidos aqui são Jeremias o profeta, e Zedequias o rei.
Zedequias reinou em Jerusalém por onze anos e fez o que era mal perante o Senhor.
Em rápidas palavras a Bíblia relata a sua biografia dizendo que:
Sua mãe era uma mulher por nome de Hamutal e seu pai era Josias.
Ele tinha a idade de vinte e um anos quando assumiu o reino no lugar de Joaquim, seu sobrinho, preso por Nabucodonozor no segundo cerco a Jerusalém em 597 a.C.
Zedequias era vassalo do rei babilônico, porque fora colocado por ele no trono de Jerusalém.
E na tomada de uma atitude política infeliz, Zedequias se rebela contra Nabucodonozor quando resolve fazer aliança com o Egito, sendo este um dos grandes inimigos dos babilônios.
É como hoje o candidato que o partido o ajuda ganhar as eleições e quando ele ganha, troca de partido covardemente.
Pois bem, agora Zedequias está na lista dos traidores do império babilônico.
Vindo com isso a padecer perseguições até a morte por parte do rei da Babilônia, ao qual tinha “ajuramentado por Deus”, prometido fidelidade em aliança política.
Zedequias foi o vigésimo e último rei de Israel sofrendo, assim, a queda exílica de Jerusalém nas mãos dos babilônios; por esta mesma razão ele é muito citado no livro de Jeremias.
O contexto de vida em Jerusalém nos tempos de Zedequias não é o dos melhores.
A vida em Jerusalém está um caos em todos os aspectos; no âmbito político, econômico, social e religioso tudo está de cabeça para baixo.
O que Jeremias profetizou no cap. 21 dizendo da parte do Senhor que muitos morreriam pela espada, peste e fome, está se cumprindo na risca.
Eles estão travados dentro dos muros de Jerusalém, nem entram e nem saem.
De janeiro do ano 588 a julho de 587 a.C. Jerusalém está cercada pelo exercito dos caldeus a mandado de Nabucodonozor.
Houve apenas uma pequena pausa no verão, mas eles retomaram o cerco.
E por causa da aliança feita com o Egito, ouve-se rumor de que o Faraó Hofra com seu exercito está subindo a Jerusalém para livrá-la das mãos dos caldeus.
Talvez, isto tenha acontecido na primavera de 588 a.C. quando os babilônios levantaram o cerco de Jerusalém por um breve espaço de tempo, para enfrentar a nova ameaça.
Para os habitantes de Jerusalém foi apenas um paliativo que imaginavam ser permanente. V. 9
Entretanto, para Zedequias o bloqueio aliviante dos egípcios foi frustrante, porque o alívio cessou, Faraó recuou v.7, e agora vêm os caldeus com toda a fúria inimaginável pra cima de Jerusalém.
Zedequias tinha de acordar de seu próprio engano em confiar no Egito e agora ter de enfrentar de cara todo o terror dos babilônios.
Então, quando o rei faz esta relevante pergunta ao profeta Jeremias, seu coração está em terrível desespero ante a crise em que se encontra.
Ele já tinha enviado outros homens em busca de uma palavra da parte de Deus no v. 3, mas agora ele mesmo se encarrega de perguntar ao profeta.
Dando a entender com isso que de fato as coisas estavam sem jeito e sem esperança para o rei e para o povo.
Todavia, seria muita tolice de nossa parte ficar rodando atrás de uma causa para a queda de Jerusalém, e só vermos em tudo isso apenas à vazia idéia de um desvio político na história, porque não foi somente isso.
Se pararmos neste ponto da história, estamos sendo desonestos com a própria história.
A aliança de Zedequias com o Egito não foi à causa principal de sua queda.
Fazendo uma análise mais acurada da história, percebe-se que tudo o que está acontecendo a Jerusalém, não é simplesmente um problema político internacional, mas sim o juízo de Deus despontando na história por causa da vida de pecado do povo.
Deixemos bem claro que Nabucodonozor não fora o mentor de tudo, foi apenas o instrumento de Deus para o juízo prático sobre Jerusalém.
A resposta de Jeremias foi esta: “Nas mãos do rei da Babilônia serás entregues”; entregues por quem?? Pelo próprio Deus.
Ora, isso nos diz que Deus é o juiz da causa; é Ele que está por trás de tudo.
E o juízo era tão certo que num exagero retórico do v. 10 mostra-se os fortes traços de quão grande é a ira de Deus e o juízo dispensado sobre Israel.
Deus está aborrecidíssimo, irado e furioso com o pecado da nação israelita.
Desde o tempo de Salomão, o povo começou a andar em pecados crassos na presença de Deus, fazendo assim o que era abominável a sua vontade.
Eles estavam mergulhados no pecado da idolatria, não respeitava mais os anos sabáticos, se misturaram aos povos pagãos e fizeram aliança com eles.
Jeremias chega a dizer que eles “abandonaram o Senhor, o único manancial de águas vivas, por cisternas rotas”, os deuses pagãos.
O povo de um só Deus encontra-se adorando vários ídolos, adulterando com isso a fé devida ao único e verdadeiro Senhor.
Os avivamentos que houvera entre eles, como por exemplo, no tempo do rei Josias, não foi suficiente para manter o povo atracado à lei e a Deus.
Além disso, há anos que o Senhor pacientemente conclamava o povo ao arrependimento, e como diz o próprio Deus “começando desde a madrugada”.
“Clamei a eles”, disse Deus, “e eles não responderam”.
Muito pelo contrario, a resposta do povo era sempre a de escárnio e de zombaria, ao invés de arrependimento e conversão.
2 Cr. 36.16
Jr. 35.15,17
Jr. 37.1,2
Eles se tornaram surdos espiritualmente; não mais ouviam a voz de Deus.
Deus se tornou irrelevante para Israel; eles não querem mais saber do Senhor e da sua lei; para onde se olha em Jerusalém só se vê pecado, pecado, pecado e mais pecado.
Toda a nação está corrompida; tudo está podre e doente em Israel.
Eles ofenderam a Deus; eles entraram em contendo com o Senhor. Coitados!!!!
Israel não é vitima do mal que esta vindo, antes é a única culpada real.
Portanto, não é surpreendente saber que Deus está irado, furioso com a vida pecaminosa do seu povo e que derramará seu juízo sobre ele.
Jr. 21.10/ 22.8,9
Em linhas gerais, todo esse mal sobre Jerusalém é juízo da parte de Deus.
E esta, portanto, é a miserável situação de Jerusalém e de seu rei Zedequias.
Então, diante de todas as considerações a respeito de Jerusalém e do falido reinado de Zedequias, analisemos os detalhes do verso que lemos em duas abordagens.
1) Abordemos a pergunta de Zedequias a Jeremias
V. 17 – “Há alguma palavra do Senhor”?
Quando Zedequias faz tal pergunta a Jeremias, o faz em secreto.
Talvez não quisesse que seus príncipes pensassem que ele estava comungando com um homem que eles julgavam traidor e aliado do inimigo.
Traidor, porque Jeremias tendo aproveitado a pausa do cerco dos caldeus e saído para receber a parte de uma herança na terra de Benjamim;
Um capitão da guarda chamado Jerias, interpretou que ele estava fugindo para o inimigo, e o levou aos príncipes.
Jeremias retrucou, disse que não, mas eles não lhe deram ouvidos e o prenderam na casa de Jônatas, o escrivão, que tinha sido transformada em cárcere.
Então, estando preso ali, o rei manda trazê-lo para sua casa, e em secreto lhe pergunta: “Há alguma palavra do Senhor?”. Devemos perguntar:
v Qual seria a intenção de Zedequias ao fazer esta pergunta?
v O que será que ele queria ouvir da parte do Senhor?
v Não será que desta vez ele está se convertendo realmente?
Bem, esta pergunta pode ser interpretada numa divisão em duas partes, uma positiva e outra negativa.
1) A primeira parte é positiva pelo fato de Zedequias ainda considerar Jeremias um profeta de Deus.
Ainda havia em Zedequias certo respeito por Jeremias como homem de Deus.
Há onze anos que ele reinava em Jerusalém, há onze anos que Jeremias profetizava a sua vista e muitas coisas já tinham se cumprido.
Portanto nada mais digno de que numa hora de crise como esta, consultar o profeta e ouvir se há uma boa palavra de esperança da parte de Deus.
Na verdade o que está acontecendo aqui é o que o próprio Deus disse para confortar a Jeremias alguns capítulos antes.
Jr. 15.11
Este era o tempo da calamidade, e o inimigo estava lhe suplicando favores.
A situação se inverteu, agora é o rei que precisa ouvir o profeta.
Rei, este, que por tantos anos o desprezou como profeta junto ao povo, diz o v.2.
Mas agora diante de tudo o que está acontecendo, as profecias se cumprindo ante seus olhos, a veracidade da palavra de Jeremias é tida em alta conta.
Este exemplo serve de grande conforto para quem ainda prega a palavra de Deus com sinceridade e temor anunciando o juízo vindouro.
Porque a palavra de um genuíno pregador é relevante e veraz quando todos os falsos profetas são consultados, e as suas enganosas promessas caem no vazio.
Jr.8.8-11
Jr. 37.19
É característico do homem, quando em desespero, buscar saber o que Deus tem a dizer sobre a calamidade vigente.
Não é atoa que os videntes e religiosos do tempo presente sejam tão consultados na TV quando tragédias atacam algum país ou pessoa.
Não é atoa que as igrejas lotam quando tudo vai mal em uma nação ou cidade.
Não é atoa que as religiões de todo tipo colhem muita gente quando determinado país está debaixo de sofrimento e todas advogam ter a resposta final.
Todavia, a única palavra que permanece de fato é a do Senhor sendo pregada e anunciada fielmente por seus profetas.
Mt. 24.35 – “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão”.
Jr. 1.12 – “... porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir”.
Is. 55.10,11 – “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei”.
I Pe. 1.24,25 – “Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada”.
E quem a prega fielmente experimenta a honra de falar a verdade.
E quem a obedece goza da vida eterna de Deus.
E algo mais é de nosso interesse aqui, é que pelo menos o discernimento de Zedequias sobre quem é profeta de Deus e quem não é, agora, parece está mais aguçado.
E isto é uma grande lição para nós, para que testemos nosso discernimento quanto aos profetas que estamos ouvindo falar sobre Deus e sobre a eternidade.
v Os homens que você ouve são de fato homens sérios biblicamente?
v Os profetas que você consulta são homens compromissados com a verdade do evangelho?
v A voz que você procura ouvir é de fato a voz de Deus?
v Quem são os profetas que você dá credito de homem de Deus?
Eu poderia citar uma lista de nomes aqui que se dizem profetas da verdade, contudo são grandes mentirosos, filhos do diabo falando em nome de Deus.
Mas julgue você mesmo a quem ouve e o teste segundo as Escrituras.
Isto, por sua vez, nos leva a outra parte da pergunta de Zedequias.
2) A segunda parte é negativa, porque ao fazer esta pergunta, Zedequias não queria ouvir a verdade, e sim, algo que aliviasse sua angustia de alma, ainda que fosse uma mentira em nome de Deus.
Não tenha dúvida, ele considerava Jeremias um profeta verdadeiro, entretanto não era o seu objetivo ouvir a verdade de Deus.
Ele buscava ouvir algo que lhe fizesse cócegas nos ouvidos e aliviasse a tensão.
E as palavras de Jeremias não era as das mais doces de se ouvir não.
Jeremias não era um Augusto Cury de sua época, antes era a voz de Deus.
E a voz de Deus para aquela geração, era de juízo e não de auto-estima.
Jeremias era tão sério quanto a sua mensagem, que por varias vezes se encontrou em tristeza porque o povo não lhe ouvia; vindo com isso escrever um livro inteiro para contar suas penosas lamentações.
E mais, por muitas vezes ele sofreu perseguição por isso.
No cap. 38 de seu livro, que alguns dizem ser apenas um acréscimo ao 37, ele é preso e jogado numa cisterna cheia de lama.
Jr. 38.1-6
Interessante que o mesmo Zedequias que permite essa covardia, é o mesmo que permite tirá-lo de lá através de Ebede-Meleque, o etíope.
Zedequias ainda parece nutrir certo respeito e cuidado com Jeremias porque acredita que sendo bondoso com o profeta e mantendo-o perto de si, ainda que preso no átrio da guarda, Deus iria retardar o juízo anunciado.
É tanto que por uma segunda vez, ele procura Jeremias e lhe diz:
Jr. 38.14,15
Jeremias é consultado, mas já avisando que o rei não lhe atenderá.
Em outras palavras, a profecia que Jeremias tinha a dizer não era a palavra que o rei queria ouvir, então, não adianta querer ouvir se não vai obedecer.
Zedequias, por sua vez, foi tão tolo que se quer fez um levantamento histórico do juízo de Deus nos tempos passados.
· Ele não levou em conta o dilúvio
· Ele não fez caso da torre de babel
· Ele não relevou o caso Sodoma e Gomorra
· Ele não considerou os israelitas que morreram no deserto por desobediência
· Ele não cogitou da atitude de Deus para com Acã
· Ele não se interessou em atentar para a história de Saul e etc.
Ele estava cego e surdo para a verdadeira voz de Deus.
Deus tem uma palavra para ele, à questão é se ele irá ouvir de fato esta palavra.
E não só nesse, mas em vários outros casos por toda a Escritura é comum ver homens buscando uma palavra de Deus que lhe dê esperança, ainda que seja falsa.
I Rs. 22.1-18
II Tm. 4.1-4
Jr. 6.10
Zc. 7.11 – “... me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos, para que não ouvissem”.
Este, portanto, é o mesmo sentimento que há no homem moderno.
Muitos buscam uma palavra da parte de Deus não como a verdade que corrige, repreende, exorta, contraria, humilha, transforma, constrange e revela o quanto somos culpados ao invés de vítimas. Não!
Muitos procuram uma palavra do Senhor que lhes traga alívio para a depressão da alma, fracasso financeiro, casamento arruinado, família destruída e tudo mais, ainda que seja uma torpe mentira em nome de Deus.
Não vá muito longe, apenas quando chegar em casa ligue sua TV nos programas religiosos, e você verá centenas de falsos profetas dizendo que tem a solução para todos os seus problemas. Puro engano!!!!
Nós, homens pós-modernos buscamos ouvir uma palavra nos meios mais fáceis.
Muitos buscam ouvir a vos de Deus nos livros best sellers de auto-ajuda.
Muitos buscam ouvir a voz de Deus nas frases de pára-choque de caminhão.
Muitos buscam ouvir a voz de Deus em poetas seculares e ateus
Muitos buscam ouvir a voz de Deus nos jargões modernos da psicologia atual.
Muitos buscam ouvir a voz de Deus lendo a revista do horóscopo.
Muitos buscam ouvir a voz de Deus assistindo Ana Maria Braga com uma mensagem de otimismo todos os dias pela manhã.
Entretanto, o único lugar que não buscamos ouvir a voz de Deus é nas páginas da Bíblia Sagrada, porque sabemos que lá Ele fala, e fala o que não achamos conveniente e relevante para o nosso estilo de vida pecaminoso.
Desprezamos a verdade quando ela não se adequa aos nossos interesses.
A nossa verdade é o que nos convém; isto é fruto da pós-modernidade.
Na cabeça de Zedequias a verdade era a palavra que anunciasse vitória e que no final vai dar tudo certo.
Na cabeça de muitos atualmente a verdade é uma palavra que levante meu ânimo, astral e algo que nunca me ponha para baixo.
Algo que me faça se sentir bem, confortável, aliviado e não me inquiete a alma, ou perturbe o coração isto é a verdade para mim; isto é mais aceitável.
Qualquer palavra contraria que não traga bons fluidos não pode ser de Deus.
Esta é a concepção mais desonesta sobre a verdade e sobre a voz de Deus.
E esta é a concepção mais aceita entre nós.
· Uma determinada atriz foi a uma igreja em São Paulo, e quando terminou o culto o pr. perguntou: E aí, o que a senhora achou de nosso culto? Ela respondeu: É, o culto nessa igreja é alto-astral. O pr. Disse ficar sem palavras com a resposta.
Porque de fato é isso que as pessoas andam atrás, de ambiente alto-astral.
Sendo que fazer as pessoas saírem de um culto em alto-astral não é o papel de um pregador fiel do evangelho. Ele não é um humorista ou animador de palco.
E muito menos a igreja é o lugar onde as pessoas possam sentar confortavelmente no domingo após uma semana de cão, e depois de ouvirem uma palavra falsa de esperança se levantar com o astral lá em cima. Não!!!
· Eu entrei numa determinada igreja e lá estava um grande cartaz na parede: “Desistir nunca, retroceder jamais”; “Os covardes desistem, os fortes persistem e vencem”.
Não havia um verso bíblico edificante espiritualmente. Infelizmente.
E é dessa psicologia triunfalista barata que muitos andam atrás nas igrejas.
Porém o compromisso da igreja e de seus pregadores é única e exclusivamente com a verdade.
Não importa se não agrada a judeus ou muito menos a gregos, o importante é a verdade do evangelho ser apregoada, para agradar somente a Deus.
II Tm. 1.13
Gl. 1.6-10 – “acomodar a mensagem para agradar a homens”.
At. 5.28,29 – “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”.
Infelizmente muitos estão como Zedequias, procurando uma palavra do Senhor, mas quando acham não a aceitam obedece-la, continuando com isso enganados em falsas esperanças existenciais.
A pergunta de Zedequias foi legitima, mas a sua resposta ao Senhor foi desleal.
O alvo de nossa abordagem a pergunta de Zedequias é simples, é o de nos despertar para entender que tipo de palavra de Deus nós estamos correndo atrás avidamente; se a verdade de seu coração ou se a verdade do nosso coração.
Pois a verdade da parte do Senhor tem cheiro de vida, mas a verdade conveniente e egoísta de nosso próprio coração tem cheiro de morte.
2) Abordemos a resposta de Jeremias
V. 17 – “Há. E disse ainda: Nas mãos do rei da Babilônia serás entregue”.
Não poderia haver resposta de maior grandeza ao rei do que esta que fora dada por Jeremias.
O profeta não titubeia em anunciar a palavra de Deus a um monarca iníquo.
Ora, o rei perguntou se havia alguma palavra do Senhor.
Pois bem, Jeremias disse que sim, que há uma palavra do Senhor e emendou dizendo que a palavra é esta: “Deus está te entregando nas mãos de Nabucodonozor”.
Sim, é verdade que não era o que o rei queria ouvir, mas era a palavra do Senhor. Essa era a mensagem reservada por Deus para falar-lhe ao coração.
E esta palavra é resposta de juízo, é ira, fúria, cólera divina em transmissão oral.
Isto nos leva então a seguinte consideração: Deus falou.
Deus não deixou Zedequias sem uma resposta, através do profeta Ele falou.
Desde os tempos mais remotos Deus tem falado, sempre há uma palavra.
· Quando Habacuque encontrava-se em crise por causa da invasão dos caldeus a Judá como juízo divino, ele disse: “Por-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa. O Senhor me respondeu e disse...”. Ou seja, Deus falou.
Rm. 15.4
Hb. 1.1,2
Jô. 14.24
Deus nunca se deixou sem testemunho na história. Absolutamente nunca!
Ele falou através dos profetas, das cerimônias, dos juízes, dos salmistas, da lei.
E ainda nos fala através do evangelho de Cristo, das cartas e por toda a Bíblia Sagrada. Aí está falada, soprada, inspirada a palavra de Deus.
Então, assim como Zedequias não ficou sem uma palavra de Deus, nós, gente do mundo pós-moderno também não ficaremos sem uma palavra do Senhor.
Todavia, assim como para Zedequias a palavra não foi de conforto, para nós também não a será.
Há duras palavras de juízo da parte de Deus para os homens de nossa geração.
Porque assim como Deus estava irado com Zedequias por causa dos pecados da nação inteira, também está irado com os homens de nosso tempo por causa de seus pecados. Ele está a ponto de despejar toda a sua ira contra esta era iníqua.
v Há porventura alguma palavra de Deus para nossa geração?
v Será que Deus tem algo a nos falar ainda hoje?
v Há alguma palavra do Senhor?
Sim, há! Há uma palavra do Senhor na Bíblia Sagrada que diz:
Sl. 7.12-15 – “Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas. Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira. Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz”.
Sl. 11.5-7 – “O Senhor põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o abomina. Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice. Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face”.
Is.55.6,7 – “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”.
Joel 2.12,13 – “Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal”.
Am. 8.11,12 – “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão”.
Mc. 1.15 – “... O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho”.
Mt. 7.13,14 – “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”.
At. 3.19 – “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”.
Rm. 6.23 – “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Gl. 5.19-21 – “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”.
Ap. 21.8 – “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”.
II Pe. 2.4-13 – Ler com todos
Tudo isto é palavra de Deus, e é necessário darmos crédito a ela a fim de sermos salvos da ira vindoura.
Porque assim como estava iminente o juízo divino nos tempos de Zedequias, a situação é a mesma em nossos dias.
Entretanto, se Zedequias quisesse ser salvo da ira de Deus ainda havia misericórdia, e a única coisa que ele devia fazer era se entregar voluntariamente nas mãos do rei da Babilônia. Ao invés de resistir. Ele não devia resistir.
Jr. 38.17
D. M. Lloyd-jones – “Ninguém é obrigado a morrer debaixo da ira de Deus”.
21. Esta é uma grande verdade, ninguém é obrigado morrer nesta situação.
22. Ainda há misericórdia, salvação, graça.
23. Extraiamos dessa ilustração bíblica, um princípio espiritual.
24. É que o único meio para um homem ser salvo da ira divina prestes a ser derramada sobre toda a terra nestes últimos dias, é entregando-se voluntariamente a Deus e a sua soberana vontade.
Não deve resistir, deve entregar-se voluntariamente a viver para Deus.
Era somente isto que Zedequias devia fazer, entregar-se voluntariamente.
Zedequias seria um prisioneiro real. Teria todo conforto de um preso especial.
E nisto encontrar alegria e prazer na justiça de Deus, tanto quanto no seu livramento de morte perante o inimigo. Sua vida lhe seria por despojo.
Já que a situação chegou aonde chegou e ele não tinha mais como reverte-la, a única coisa que devia fazer era crer na promessa de restauração feita por Deus.
Jr. 33.14-16 – “SENHOR, justiça nossa”.
A expressão “Senhor, justiça nossa” significa “aquele que garante justiça para nós”. Esta referência é única e exclusivamente feita a Cristo Jesus.
É somente nEle que somos justificados na presença de Deus.
É somente nEle que nos tornamos justos para com Deus.
Rm. 4.24 – “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”.
Rm. 5.1 – “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.
I Co. 1.30 – “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”.
· Quando Paulo cheio de justiça própria do farisaísmo se converte ao evangelho, toma Cristo como a única justiça da parte de Deus baseada na fé para sua salvação.
Fl. 3.8,9
Assim somos nós hoje, eu e você, precisamos tomar Cristo a cada dia como à justiça que procede de Deus para nossa salvação.
Precisamos encontrar prazer no livramento de Deus e na sua justiça entregando voluntariamente nossas vidas em suas mãos.
Viver voluntariamente para Deus em adoração e temor ao seu santo Nome.
Tome Cristo, viva para Cristo, creia em Cristo “a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça”.
Ele é verdadeiramente o “Senhor, justiça nossa”.
Só será aceito na presença de Deus aquele que está vestido com a justiça de Cristo. Sem Cristo não há salvação, livramento da ira e da cólera de Deus.
Esta é a grande palavra do Senhor para nós hoje, creia em Cristo, viva para Cristo, pois Ele é a sua salvação daquele Dia em que todos os homens serão julgados e condenados por Deus a viver a eternidade no inferno.
Por fim façamos uma ligeira reflexão sobre o fim de vida do rei Zedequias.
Ele não obedeceu à palavra do Senhor em se entregar voluntariamente, antes fez tudo contrario, resistiu a Nabucodonozor e fugiu.
Ele estava preocupado com o escárnio das pessoas em chamá-lo de covarde.
Ele não se preocupou em agradar e obedecer a Deus somente.
v Portanto, como terminou a vida de Zedequias?
Jr. 52.10,11
Este foi o seu fim, sem filhos, sem visão por ter tido os olhos vazados e encerrado num cárcere até a morte.
Por sinal há uma profecia por parte de Ezequiel a respeito do cativeiro que declara justamente que o príncipe em Jerusalém será levado a terra dos caldeus, mas não a verá. (Ez. 12.13)
Infelizmente o fim de Zedequias é o mesmo que está preparado para muitos hoje.
v Como terminará a vida daqueles que estão no pecado da idolatria?
v Como terminará a vida daqueles que estão mergulhados na prostituição?
v Como terminará a vida dos que estão no submundo das drogas?
v Como terminará a vida dos políticos corruptos?
v Como terminará a vida dos ateus?
v Como terminará a vida dos ricos e soberbos?
v Como terminará a vida daqueles que estavam na igreja brincando com Deus?
v Como terminará a vida daquele que sempre veio à igreja, mas nunca se decidiu por Cristo, em amar a Cristo, em estimar a Cristo?
Ilustrando com Zedequias, podemos dizer que muitos serão levados ao inferno e nunca verão os céus.
v Há alguma palavra do Senhor? Há!!!
v Como terminará a sua vida?
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